Juíza de Curitiba proíbe que Lula receba visita de seu médico para exames de rotina

A juíza Carolina Lebbos proibiu hoje que Lula recebesse, na sede da PF, a visita de seu médico, que antes da prisão realizava periodicamente exames de rotina, tendo em vista que o petista tem 72 anos de idade e já enfrentou um câncer; desde que foi preso Lula não fez nenhum tipo de exame

Foto: Ivan Longo
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Além de proibir a visita de amigos e lideranças políticas, incluindo uma ex-presidenta da República e um Prêmio Nobel da Paz, a juíza Carolina Lebbos, responsável pela Vara de Execução Penal que cuida do caso de Lula em Curitiba, proibiu nesta quarta-feira (25) que o petista recebesse a visita de seu médico para exames de rotina. A denúncia é do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), líder da bancada da legenda na Câmara. Em seu despacho negando a entrada do médico de Lula na sede da PF, a juíza argumentou que "não há indicação de urgência". Antes de ser preso, há quase 20 dias, o ex-presidente passava periodicamente por exames de rotina, tendo em vista a idade avançada de 72 anos e o fato de que já enfrentou um câncer na laringe. Na solicitação para que Lula recebesse a visita de seu médico, a defesa do petista argumentou que outros presos na sede da Polícia Federal recebem periodicamente a visita dos médicos por eles indicados. "Quem é a juíza para decidir se alguém tem o direito ou não de receber a visita de um médico?", questionou, indignado, o deputado Paulo Pimenta na tribuna da Câmara. O parlamentar, assim como outras lideranças políticas, vem denunciando nos últimos dias o regime de confinamento e isolamento a que Lula está sendo submetido e o quanto o petista vem sendo tratado de maneira diferente com relação aos outros presos que estão na sede da Polícia Federal. "Dessa vez a juíza passou de todos os limites. Proibiu a visita do médico. Isso é um absurdo, estamos falando de uma coisa humanitária. Estamos preocupados pelo isolamento, pela saúde de Lula. É um escândalo, é a ditadura do judiciário. Uma juíza de primeira instância acha que vale mais que o poder legislativo. Nós vamos procurar o CNJ, apesar de saber que ele não faz nada. Mas vamos representar. Temos que fazer uma grande denúncia aqui no Brasil e denúncia internacional. Isso é tortura psicológica", complementou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).