Juíza que incentiva aglomerações agora ensina a "andar sem máscara e ainda posar de bondoso"

Ludmila Lins Grilo propõe burlar os protocolos anti-Covid incentivando as pessoas a tomarem sorvete para não usarem proteção; CNJ recebeu pedido para investigar juíza

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A juíza Ludmila Lins Grilo, magistrada do Tribunal de Minas Gerais, comarca de Buritis, segue incentivando as pessoas a descumprirem protocolos contra o contágio da Covid-19.

No último final de semana, a juíza chamou a atenção por defender aglomerações. Entre as suas postagens, está uma com um vídeo, que ela enviou para seus mais de 130 mil seguidores, que mostra pessoas caminhando na Rua das Pedras, em Búzios (RJ), sem respeitar o distanciamento social.

“Uma cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão. Aqui, a vida continua. Foi maravilhoso passar meu Réveillon nessa vibe”, escreveu ela em mensagem, usando ainda a hashtag infame #AglomeraBrasil.

A magistrada chegou a ser alvo de um pedido de investigação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por parte do advogado José Belga Assis Trad, que alega que Ludmila pode ter cometido "crime de apologia à infração de medida sanitária preventiva".

Mesmo assim, nesta segunda-feira (4), a juíza seguiu com as provocações. Em suas redes sociais, ela divulgou um vídeo em que aparece andando em um shopping sem máscara e tomando um sorvete. "Passo a passo para andar sem máscara no shopping de forma legítima, sem ser admoestado e ainda posar de bondoso", escreveu como legenda.

https://twitter.com/BCovidfest/status/1346252706948796416

Ludmila, que se autodenomina praticante do "Direito sem ideologia e sem inversão de valores", é admiradora de Olavo de Carvalho, guru da família Bolsonaro. "Pessoas que nunca leram seus livros, ao melhor estilo ‘não li e não gostei’, estão tentando calar seus alunos e admiradores para que suas ideias não circulem", diz uma de suas postagens nas redes.