Justiça determina que Sara Giromini pague R$ 15 mil de indenização a antropóloga

Ex-bolsonarista tem duas semanas para acertar as contas com a acadêmica Débora Diniz, a quem acusou de ser “a maior abortista do Brasil”

Foto: Sara Geromini em frente ao Palácio do Planalto (Redes sociais)
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A Justiça do Distrito Federal determinou que a ativista de extrema direita e ex-bolsonarista Sara Giromini, que preferia ser chamada pela alcunha Sara Winter, quite em duas semanas a indenização de R$ 15.903,04 a que foi condenada a pagar à antropóloga Débora Diniz, numa sentença proferida em abril de 2021. O valor estipulado em juízo foi em caráter de danos morais.

O caso refere-se a uma ofensa proferida por Sara contra Débora em agosto de 2020, à época do episódio estarrecedor da menina de 10 anos que engravidou, vítima de estupros, no Espírito Santo, e que precisou ser mandada por ordem judicial ao Recife (PE) para ser submetida a um aborto.

As falanges radicais de extrema direita ligadas ao bolsonarismo atazanaram as redes sociais e chegaram a ir até os locais por onde a menina passava para forçar a não realização do procedimento. Sara, naquele período, era seguidora feroz do presidente da República e numa discussão com a antropóloga, nas redes, disse que ela era “a maior abortista do Brasil”.

Débora, que é professora na UnB, entrou então com uma ação na Justiça contra a bolsonarista, que um ano depois foi condenada, mas até agora não pagou a indenização estipulada pelo magistrado da Arthur Lachter, da 19ª Vara Cível de Brasília.