Livro desvenda a face agrária de trajetória política de Fernando Henrique Cardoso

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O observatório De Olho nos Ruralistas e a editora Autonomia Literária acabam de lançar a obra “O Protegido – por que o país ignora as terras de FHC", em evento na Festa Literária Pirata das Editoras Independentes (Flipei), em Paraty, atividade paralela à Festa Internacional Literária de Paraty, a Flip, no último dia 12. A mesa de debate contou com o autor, Alceu Luís Castilho, editor do De Olho nos Ruralistas, e com o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept, autor da série de reportagens – uma delas sobre FHC – que revela diálogos da Operação Lava Jato. Personagens da Lava Jato aparecem também em “O Protegido”. Entre eles, Emílio Odebrecht. O patriarca da empreiteira é sócio do pecuarista Jovelino Carvalho Mineiro Filho, segundo personagem principal do livro e o principal responsável pela consolidação de Fernando Henrique como fazendeiro. Outros empresários sob investigação compõem a narrativa, entre eles alguns que estavam em jantar no Palácio da Alvorada, em 2002, destinado a angariar fundos para o Instituto Fernando Henrique Cardoso, hoje Fundação FHC. A aventura agrária de Fernando Henrique começou com Sérgio Motta, ex-ministro das Comunicações, quando os dois compraram fazenda em Buritis (MG), cenário de despejo de famílias sem-terra durante o governo do sociólogo. Após a morte de Motta, Jovelino Mineiro tornou-se sócio dos filhos de FHC. “O Protegido” mostra como essa conexão – o pecuarista é amigo muito próximo do político – desemboca no canavial em Botucatu, localizado em área de mananciais, na região do Rio Pardo. O livro já está em pré-venda, no site da Autonomia Literária, para distribuição em agosto. Sócios da Fórum tem 20% de desconto especial na compra, basta enviar um e-mail para [email protected] e solicitar o seu cupom de desconto. Seja Sócio da Fórum, você apoia o jornalismo independente e ainda tem descontos e outros vantagens.