Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido dos advogados de defesa da extremista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter. Eles solicitaram que o ministro Alexandre de Moraes, também do STF, fosse afastado de uma investigação contra Sara.
Fux manteve decisão que já havia sido tomada pelo então presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, de acordo com reportagem do UOL.
A defesa da extremista quer afastar Moraes do caso, em consequência das ofensas e ameaças feitas por ela contra o ministro, depois que ele determinou busca e apreensão em sua casa, no mês de maio.
Depois das ofensas em redes sociais, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu a denúncia contra Sara.
Em sua decisão, Toffoli havia considerado o § 2º do art. 144 do Código de Processo Civil, em que “é vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz”. Fux ratificou a decisão.
Prisão
Sara Winter foi presa em junho de 2020, durante inquérito que investiga violações à Lei de Segurança Nacional, criada na ditadura militar.
A PGR defendeu que ela continuava “organizando e captando recursos financeiros”, com o objetivo de praticar ações ilegais contra os chefes dos Poderes da República, como STF e Congresso.
Ela foi solta alguns dias depois, mas passou a utilizar tornozeleira eletrônica.