Madero, do bolsonarista Junior Durski, anuncia calote e ameaça falência

No início da pandemia, empresário bolsonarista disse que Brasil não pode parar por conta de “5 ou 7 mil pessoas que morrerão”. Posição negacionista fez Luciano Huck vender suas ações da rede Madero de hamburguerias

Junior Durski, da rede Madero (Foto: Guilherme Pupo)Créditos: Divulgação
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A rede Madero de hamburguerias, que pertence ao bolsonarista Junior Durski, anunciou um possível calote aos credores e ameaça ir à falência em balanço do trimestre publicado nesta quinta-feira (24).

O texto diz que há "dúvidas substanciais sobre a capacidade de continuidade operacional da companhia dentro de um ano a partir da data base das demonstrações financeiras intermediárias”.

Com dívida de R$ 2,4 bilhões junto a bancos, fornecedores e de impostos, a rede diz que o caixa estimado para os próximos 12 meses, e as novas linhas com bancos “não serão suficientes para atender os compromissos de curto prazo”.

Segundo o jornal Valor Econômico, o grupo devia R$ 545 milhões em empréstimos a vencer em 12 meses e outros R$ 327 milhões em dois anos. A Madero tem dívidas com Banco do Brasil, Bradesco e BTG Pactual, que foi fundado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

"5 ou sete mil morrerão"
Em março de 2020, logo no início da pandemia, em dobradinha com Bolsonaro, Durski criticou as medidas de isolamento social dizendo que o Brasil não pode parar por conta de “5 ou 7 mil pessoas que morrerão”.

Em abril, o empresário anunciou a demissão de 600 funcionários e, em meio às críticas, se disse surpreso com o "sumiço" dos clientes.

O posicionamento negacionista do empresário fez com que o apresentador Luciano Huck vendesse sua participação na rede de hamburguerias.

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