Mais quatro barragens da Vale correm alto risco de rompimento em Minas Gerais

Segundo Agência Nacional de Mineração, as construções apresentam falhas estruturais em decorrência da falta de manutenção e monitoramento, e estimam que isso se deve à negligência da empresa, cujos técnicos “não possuem o devido preparo”

Barragem corre risco máximo de romper em Nova Lima (Foto: MPMG)
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Um informe da ANM (Agência Nacional de Mineração) advertiu que há quatro barragens da Vale no estado de Minas Gerais que estão em risco de romper a qualquer momento.

As barragens em questão são: Sul Superior, na região de Barão de Cocais, B3/B4, próxima à comunidade de Macacos, na cidade de Nova Lima, além de Forquilha I e Forquilha II, ambas em Ouro Preto.

Segundo o órgão regulador, as construções apresentam falhas estruturais em decorrência da falta de manutenção e monitoramento, e estimam que essa negligência já dura ao menos um ano.

As informações sobre as foram apresentadas em uma audiência na Justiça Federal em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (21). Em sua defesa, a Vale assegurou que realiza inspeções regulares em suas barragens, e que trabalha para permitir o acesso controlado nas estruturas. Na quinta-feira (20) técnicos da mineradora se encontraram com representantes da Amig (Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais) e garantiram que as obras de contenção de barramentos nas barragens críticas estarão concluídas até junho.

No entanto, suas alegações são desmentidas pelo informe da ANM, que alerta para o risco iminente de novos rompimentos de barragens em Minas Gerais, tão ou mais graves que os ocorridos em Mariana (2015) e Brumadinho (2019).

Na avaliação da agência, os profissionais que estão sendo usados em operações de vistorias aéreas não possuem o preparo necessário para a função.