Marco Aurélio, após negar ação de Bolsonaro, rejeita novo pedido, desta vez do PTB, para derrubar medidas restritivas

Partido de Roberto Jefferson acionou o STF dias após o presidente com o intuito de por fim às restrições de circulação contra o contágio da Covid, mas não obteve sucesso

Marco Aurélio durante sessão do STF (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, decidiu mais uma vez em favor dos prefeitos e governadores e rejeitou nesta quinta-feira (25) uma ação do PTB que pedia o fim das medidas de restrição, adotadas por governos estaduais e prefeituras, para barrar o avanço da pandemia do coronavírus.

Na ação, o partido do ex-deputado Roberto Jefferson dizia que as medidas de restrição são "arbitrárias" e que não têm embasamento científico no sentido de conter a disseminação do vírus, o que é mentira. O lockdown é defendido pela Fiocruz como medida necessária para enfrentar o colapso sanitário e hospitalar que atinge o país e especialistas de todo o mundo apontam as medidas restritivas como as mais efetivas enquanto não há vacinação em massa.

Ao rejeitar o pedido do PTB, Marco Aurélio destacou que a ação não reuniu provas sobre o que estava sendo apontado - o partido apresentou apenas reportagens de veículos de comunicação.

Na última terça-feira (23), o ministro já havia rejeitado uma ação parecida protocolada pelo presidente Jair Bolsonaro, que tinha o objetivo de derrubar os decretos de restrição de circulação dos governos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul.

"Ante os ares democráticos vivenciados, impróprio, a todos o/títulos, é a visão totalitária. Ao Presidente da República cabe a liderança maior, a coordenação de esforços visando o bem-estar dos brasileiros", disse Marco Aurélio na ocasião.