Maria do Rosário defende a revisão da Lei da Anistia

Para ex-ministra, crimes da ditadura não foram políticos e sim comuns e, portanto, merecem que ser julgados

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Para ex-ministra, crimes da ditadura não foram políticos, mas sim comuns, merecendo ser julgados Por Redação A ex-ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário (PT-RS), que reassumiu o seu mandato de deputada federal, defendeu nesta terça-feira (1) a revisão da Lei da Anistia. Para Rosário, os crimes cometidos durante a ditadura não foram políticos. "O Judiciário de um país democrático não pode continuar considerando a tortura, o estupro, o sequestro e o assassinato de pessoas indefesas, o STF (Supremo Tribunal Federal) não pode continuar considerando esses crimes como crimes políticos, são crimes comuns, são hediondos, devem ser punidos, porque a tortura é um crime contra a humanidade ontem, hoje e sempre", defendeu Rosário. Quem assume o lugar de Rosário no ministério é Ideli Salvatti que, ao ser questionada a respeito de uma possível revisão da Lei da Anistia, declarou que é um debate "pertinente", mas que deve ser feito pelo Congresso Nacional. A nova ministra dos Direitos Humanos declarou seguir a opinião da presidenta Dilma Rousseff, que disse em discurso que a democracia no Brasil foi conquistada por “meio de pactos e acordos nacionais” no ato da construção do texto da Constituição, em 1988, dando a entender ser contra a revisão da Lei da Anistia.