Massacre em Paraisópolis: Soldado cancelou chamado ao Samu

Agentes também impedirem que amigos e familiares socorressem as vítimas em Paraisópolis

Foto: Reprodução
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A Prefeitura de São Paulo confirmou nesta terça-feira (3) que um soldado do Corpo de Bombeiros cancelou um chamado feito ao Samu por uma jovem que foi agredida por policias na madrugada de sábado para domingo, quando PMs promoveram ação contra um baile funk na favela de Paraisópolis, em São Paulo. Testemunhas afirmam que o agentes ainda impediram o socorro das vítimas. Segundo reportagem do G1, um chamado foi aberto às 4h18 da manhã por uma moça que afirmou que ela e um rapaz foram alvo de agressão de policias. Uma bomba teria ferido as pernas dela e os olhos dele. Na ligação ela relatou ainda violência sexual e uso de armas de choque. Apesar do caso ser visto com prioridade, até as 4h47 o Samu haiva transferido três vezes a viatura do chamado, quando um soldado do Corpo de Bombeiros ligou pedindo o cancelamento da solicitação. Ele afirmou que já haviam se encargado das vítimas. Testemunhas relataram ao G1 que os agentes não deixavam nem mesmo amigos e familiares chegarem perto das vítimas. “Quando a gente chegava perto, eles vinham com a arma para cima, tanto que chegaram até perto da minha porta. ‘É pra ficar aqui embaixo, não é pra subir’. A gente falava que queria salvar os que estavam lá. ‘Não é pra salvar ninguém’”, disse uma moradora. A irmã de Dennys Guilherme Franca, de 16 anos, um dos nove jovens que morreu no episódio, contou que um amigo de Dennys tentou salvar o rapaz, mas foi impedido. “Ele caiu e um amigo foi socorrer e o policial falou 'pode deixar que a gente cuida dele'”, disse Fernanda Garcia.