Milhares de pessoas ocupam as ruas de São Paulo pelo #EleNão

População foi as ruas e caminhou do Largo da Batata até a avenida Paulista para protestar contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL)

Foto: Mídia Ninja
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Era por volta das 15h deste sábado (29) quando as estações de metrô estavam cheias em São Paulo. Mas o motivo não era para a tradicional ida ao trabalho, era para se manifestar. De dentro dos vagões era possível ver várias pessoas com cartazes, camisetas, adesivos e bandeiras. Quando as portas se abriam, dava para ouvir gritos de "ele não". Foi assim o início do ato que reuniu milhares de pessoas contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Ao sair da estação Faria Lima do metrô, mais gente e muitos camelôs vendendo bandanas, bandeiras e faixas com #EleNão estampado. Eram muitas pessoas por todos os lados. A maioria delas acompanhadas de amigos, parentes, crianças e até cachorros. O Sol brilhava forte e o céu não tinha uma só nuvem. Andando pelo Largo da Batata, dava pra ver que as pessoas estavam animadas. Não pelo motivo da manifestação, mas pela esperança que todos ali pareciam ter. Entre sorrisos e abraços apertados de amigos que se encontravam por acaso no ato, ouvia-se gritos e palavras de ordem. "Ele não!", gritavam alguns. "Ele jamais!", bradavam outros. Nos carros de som passaram artistas e militantes, sempre com canções e falas politizadas. No chão, todos cantavam, conversavam e, é claro, lutavam. Mas em todas as rodas de conversa, era possível observar algo em comum: ninguém quer deixar o fascismo passar. "Não passarão!", dizia um canto entoado pela multidão. Por volta das 17h, o ato saiu em marcha até a avenida Paulista. No caminho, trabalhadores acenavam de dentro de seus trabalhos para a multidão. Quem passava de carro ou ônibus sorria e buzinava para quem passava. Como retorno, recebiam aplausos dos manifestantes. Durante todo o trajeto, quem protestava continuava gritando palavras de ordem e cantos de esperança. Ao chegar na Paulista, era possível observar rostos cansados, mas fortes. Depois de alguns instantes, a avenida estava repleta de pessoas de todos os tipos que foram ocupando espaços e dando seu recado. "Nem fraquejada e nem do lar, a mulherada tá na rua pra lutar", diziam algumas. "Se cuida, seu machista! A América Latina vai ser toda feminista", falavam outras. Mas todos, em uma só voz diziam a todo momento: "Ele não".

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