Morre mulher baleada com tiro na cabeça durante ação da GCM na Cracolândia (SP)

Adélia Batista Xavier, natural da Bahia, estava em São Paulo há 10 anos e era frequentadora do chamado "fluxo" da Cracolândia, no centro de São Paulo; ainda não se sabe de onde partiu o disparo

Foto: A Craco Resiste
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Uma mulher que foi baleada durante uma ação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na Cracolândia, região central da capital paulista, na última quinta-feira (9), morreu nesta sexta-feira (10). Identificada como Adélia Batista Xavier, ela estava internada em estado grave na Santa Casa. De acordo com testemunhas, Adélia, natural da Bahia, estava em São Paulo há 10 anos e era frequentadora do chamado "fluxo", uma concentração de usuários de drogas que transita pela região. Ela foi encontrada caída no chão com um tiro na cabeça, já em estado grave, após a confusão instaurada com a operação da GCM, que teria usado bombas de efeito moral e, inclusive, disparado com armas de fogo contra os usuários. Guardas Civis Municipais relatam que, durante a operação, também teriam sido alvos de disparo de arma de fogo. A Polícia Civil investiga, agora, de onde partiu um disparo que matou Adélia. Foram recolhidas 13 cápsulas de balas que ficaram espalhadas pelo asfalto – 9 de pistola calibre 380 e 4 de revólver calibre 32. A GCM usa revólveres calibre 38. Outras três pessoas, pelo menos, ficaram feridas. Em nota divulgada pelas redes sociais, o coletivo A Craco Resiste, que atua na região, condenou a violência policial. "A Polícia abusou de sua autoridade, e usou extrema violência para conduzir essa ação na região. Não podemos aceitar esse tipo de coisa! A craco resiste contra a violência da polícia e pelos direitos humanos", diz o texto. Confira a íntegra.