MPT investiga fazendeiro acusado de manter mãe e filha em condição análoga à escravidão no Piauí

Vítimas contam que trabalharam durante seis anos com tarefas domésticas sem receber salário e eram proibidas de tomar banho

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou um inquérito civil para investigar o fazendeiro José Wilson Rufino Leal acusado de manter mãe e filha, de 44 e 21 anos, vivendo em condição análoga à escravidão.

O caso teria ocorrido em um sítio localizado na BR 343, na zona rural de Floriano, no Piauí. A informação é do portal GP1.

As vítimas foram resgatadas no dia 9 de fevereiro pela Polícia Rodoviária Federal no Piauí (PRF-PI). Aos policiais, elas contaram que trabalharam durante seis anos com tarefas domésticos sem receber salário.

As mulheres detalharam ainda que eram proibidas de deixar o local e que o patrão as constrangiam com frequência, proibindo-as de tomar banho.

A abertura de inquérito foi assinada pelo procurador Edno Carvalho Moura, no dia 11 de fevereiro. "Considerando por fim, ser o Ministério Público do Trabalho legitimado a propor a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho em defesa dos interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos", diz trecho do documento.