Cerca de cinco mil manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizaram, na manhã desta sexta-feira (7), manifestações em oito estados do país contra os cortes em moradia popular feitos pelo governo de Jair Bolsonaro e em defesa do retorno do auxílio emergencial de R$ 600. Os manifestantes também pedem a suspensão imediata dos despejos durante a pandemia.
Segundo informações do MTST, as ações acontecem nas cidades de Diamantina, Goiânia, Maceió, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Na capital paulista, os protestos bloquearam avenidas centrais, como Francisco Morato, Tiradentes e Tancredo Neves.
Com faixas de “Não aguento mais cortes! Moradia Já!”, os manifestantes exigem o fim da política habitacional do governo federal que, recentemente, vetou 73% dos recursos destinados à habitação e cortou quase a totalidade do R$ 1,5 bilhão em verbas previstos para o Programa Minha Casa Minha Vida - sobraram apenas R$ 27 milhões, uma redução de mais de 98%.
Os protestos também exigem o retorno do auxílio emergencial de R$ 600. Atualmente, as parcelas são de R$ 150 a R$ 375. No primeiro semestre do ano passado, o auxílio começou com R$ 600 a R$ 1200 por família, sendo reduzido para R$ 300 a R$ 600 no segundo semestre.
"É uma política importante para enfrentar a pandemia, para enfrentar a fome. A verba do auxílio é fundamental para atender as necessidades básicas dos trabalhadores desempregados, do povo que luta diariamente para comer e morar com alguma dignidade", diz comunicado do MTST.