Na prisão, Ronaldinho se recusa a comer a mesma comida que os demais detentos

Ex-jogador, preso após entrar com passaportes falsos no Paraguai, só se alimenta com comida de restaurante levada pelos seus advogados

Ronaldinho já foi preso antes - Foto: Reprodução/R7
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O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, apesar de nos últimos dias ter sinalizado que está se adaptando bem à prisão ao ser fotografado sorrindo e autografando uma camiseta do Flamengo para outro detento, começou a se sentir abatido e tem ficado mais recluso em sua cela.

De acordo com Raphael Ramos, jornalista do Estadão que foi enviado ao Paraguai para cobrir a prisão do craque brasileiro, ele já tem evitado contato com outras pessoas.

"Ele tem procurado ficar mais quieto, dentro da cela. Parece estar triste, não querendo muito contato com os outros", disse Santiago Cuenca, inspetor do presídio de segurança máxima em que Ronaldinho está detido. "É, até certo ponto, compreensível. Ele está muito abatido de estar aqui", acrescentou o agente carcerário.

Segundo apurou o repórter, Ronaldinho e seu irmão Assis estariam, até mesmo, recusando comer a mesma comida que os demais detentos. Eles têm recebido visitas diárias dos advogados e se alimentado com comida de restaurante trazida pelos defensores.

Ronaldinho e o irmão estão juntos em uma cela com televisão e ventilador, mas dividem um banheiro compartilhado com outros presos.

Moro quer soltar Ronaldinho

Em entrevista ao canal C9N nesta segunda-feira (9), o ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, disse que Sergio Moro, ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro especulou, durante telefonema, se o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, e o irmão, Assis, poderiam ser libertados.

“Falo seguidamente com o ministro Moro, temos muitos convênios. Ele me escreveu no sábado (7) e perguntou sobre a situação de Ronaldinho. Quis saber se ele e Assis poderiam ser libertados, e respondi que não depende de mim. (Moro) também perguntou se estão em um local seguro, e respondi que sim. Ele não gostou da prisão de Ronaldinho”, disse Acevedo.

Prisão

Nesta terça-feira (9), a Justiça paraguaia negou pela segunda vez um pedido para que Ronaldinho e o irmão passassem e cumprir prisão preventiva em regime domiciliar.

Os advogados apresentaram um imóvel de um terceiro no valor de US$ 800 mil como garantia para que o juiz Gustavo Amarilla aceitasse a prisão domiciliar, mas ele considerou insuficiente.

Ambos estão detidos desde a noite de sexta-feira na penitenciária Agrupação Especializada da Polícia Nacional, em Assunção, suspeitos de utilização de passaportes falsos para entrar no país e lá devem permanecer.