"Não tenho dúvidas de que Dr. Jairinho é culpado", diz pai de Henry Borel

Leniel Borel conta que, no dia em que foi decretado o óbito do menino, o vereador teria dito a ele "virar essa página" e "fazer outro filho"

Vereador Jairinho e mãe de Henry em entrevista ao Domingo Espetacular (Reprodução)
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O engenheiro Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, morto no último 8 de março, afirmou em entrevista à revista Veja que "não tem dúvidas" de que o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), foi o responsável pela morte da criança.

"Não tenho dúvidas de que Dr. Jairinho é culpado. Naquela noite no hospital, ele ficava junto aos médicos que tentaram salvar o Henry o tempo todo. A princípio, eu achava que era porque também era médico, mas agora percebo que era para acobertar o que realmente aconteceu", contou o engenheiro.

Segundo ele, Jairinho chegou a dizer a ele, no dia da morte do menino, para "virar essa página e "fazer outro filho". Henry foi levado já morto pelo vereador e a mãe do menino, a professora Monique Medeiros, a um hospital na Barra da Tijuca no dia 8 de março. A criança apresentava diversas lesões pelo corpo. A polícia investiga o caso.

"Ele é muito frio. Assim que foi decretado o óbito do meu filho, Dr. Jairinho chegou perto de mim e, na frente de uma pessoa da igreja que frequento e de uma amiga minha, disse: “Vamos virar essa página, vida que segue. Faz outro filho”, completou o pai de Henry.

Em depoimento ao 16º DP da Barra da Tijuca, o pai de Henry Borel revelou ainda que o filho se queixava de abraços fortes do padrasto cerca de um mês antes de morrer.

Mulheres relatam agressões

Duas mulheres relataram em depoimentos supostas agressões a crianças por Dr. Jairinho (Solidariedade). Segundo informações do jornal O Globo, a ex-namorada dele foi uma das testemunhas e acusou o vereador de agredir a sua filha adolescente quando ela tinha 4 anos?.

Ela disse ainda que sua mãe recebeu uma ligação dele na última sexta-feira (19), oito anos após o término da relação, e que se sentiu ameaçada com o telefonema.

A segunda testemunha contou em depoimento que Jairinho agredia frequentemente seu filho. Ela disse que não o denunciou na ocasião por ter medo de retaliações.