O pato da Fiesp voltou, mas já não é o mesmo

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Um dos símbolos da campanha pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o pato amarelo voltou envergonhado à fachada da  Fiesp depois que Temer dobrou os impostos sobre combustíveis

Por Redação   Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Ainda faltam as camisas amarelas e pessoas tirando selfies com policiais, mas um dos símbolos das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff está de volta. O pato amarelo voltou envergonhado à sede da Federação das Indústrias de São Paulo, Fiesp, depois que Temer, que assumiu com o golpe apoiado por empresários, praticamente dobrou os impostos sobre combustíveis.

Ontem, os ministério da Fazenda e do Planejamento informaram o aumento da alíquota de PIS e Cofins sobre os combustíveis, que já vale nesta sexta-feira. Por exemplo, os impostos sobre a gasolina, que eram de R$ 0,41 por litro, passarão a R$ 0,89. No diesel, subirá R$ 0,21, passando para R$ 0,46 por litro em impostos.

Em nota oficial, a Fiesp afirmou estar indignada: “Há apenas 3 meses, cobramos publicamente o ministro da Fazenda sobre suas declarações de que pretendia aumentar impostos. Fomos ouvidos... Nesta semana, ficamos indignados com o anúncio da alta de impostos sobre os combustíveis. Ministro, aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la..." Os donos do pato ainda dizem que o aumento de imposto “recai sobre a sociedade, que já está sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo”. Falta o pato pedir desculpas a todos que ouviram da boca de muitos empresários, analistas e jornalistas contratados por eles que era só tirar a Dilma e todos os problemas da economia seriam resolvidos.