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Em sua coluna no UOL, publicada nesta segunda-feira (16), o ex-deputado federal e agora professor universitário de Harvard, Jean Wyllys (PSOL), diz que a desqualificação que o ex-candidato à presidência, Ciro Gomes, fez com a filósofa Márcia Tiburi trata-se de uma insegurança machista perante o "brilhantismo intelectual" de uma mulher. Jean classifica tal comportamento como um sintoma generalizado dos homens com as conquistas recentes das mulheres, negros e LGBTs em espaços de poder.
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Acusada por Ciro Gomes (PDT-CE), em entrevista publicada pela BBC, de fazer “apologia do cu”, a filósofa Marcia Tiburi foi às redes sociais na noite deste sábado (15) e rebateu a agressão. Márcia afirmou que “cada um guarda, à sua maneira, o espírito de coronel mimado de Ciro que quer ser presidente”.
Jean Wyllys compartilha dessa mesma impressão e ainda compara Ciro com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), dizendo que ambos têm uma "ansiedade sexual diante do arruinamento do patriarcado sexista e heteronormativo".
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Em sua coluna, o ex-deputado completa dizendo que a reflexão sobre o cu, feita por Márcia Tiburi, também foi realizada por outros pensadores ao longo dos séculos, como Marquês de Sade, em "Filosofia na alcova", de 1795, e Georges Bataille, em "A história do olho", de 1928. "O cu é uma obsessão dos machos héteros e de seu patriarcado. Estes inclusive converteram o sexo anal –mesmo entre uma mulher e um homem– em um tabu", completou.