Pai proíbe aborto de filha com 10 anos que ficou grávida em estupro

Mesmo sabendo do risco de vida que corre a filha, ele não permitiu que o procedimento fosse realizado

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Uma menina de 10 anos que sofreu um estupro está grávida e seu pai resolveu desistir de deixá-la abortar. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Tarauacá, no Acre.

A equipe médica já havia sido mobilizada para o procedimento, mas o pai estava irredutível mesmo depois de saber do risco que corre a vida de sua filha.

Ele chegou a assinar um documento autorizando a interrupção da gravidez , mas, ao voltar atrás, disse que foi forçado a isso. "Ele não foi forçado, ele foi orientado dos riscos e levou 24 horas para assinar esse documento, por isso que deu esse protocolo, essa demora, ele não queria assinar no primeiro dia", explicou o conselheiro tutelar de Tarauacá, Antônio de Souza Castro, ao site G1.

A vereadora Janaína Furtado (Rede) divulgou o caso nas sua conta do Facebook. "A menina já teria ido a Cruzeiro do Sul para o procedimento, porém isso não aconteceu porque o bebê já está com 5 meses. De acordo com informações de conselheiros tutelares, a justiça vai aguardar o nascimento do bebê para realizar o exame de DNA e identificar quem é o pai do bebê entre os suspeitos apontados por ela", explicou a parlamentar. Janaína afirmou que vai acompanhar o caso "que só nos entristece, especialmente nós, mulheres , que somos mães e não desejamos essa situação a ninguém". O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar, pelo Tribunal de Justiça e pelo Ministério Público do Acre (MP-AC). A menina de 10 anos vive com o pai e uma irmã de 12 anos em Tarauacá. Não se sabe, até o momento, quem estuprou a criança.