Pandora Papers: Randolfe quer “Lei Paulo Guedes” para vetar aplicações de membros do governo

A proposta surgiu após as denúncias de que o ministro da Economia e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mantêm offshores em paraísos fiscais

Randolfe Rodrigues vai entrar no STF contra Bolsonaro | Foto: Pedro França/Agência SenadoCréditos: Pedro França/Agência Senado
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Vice-presidente da CPI do Genocídio, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou as redes sociais para anunciar que apresentou, nesta terça-feira (5), um projeto de lei, que recebeu o nome de “Lei Paulo Guedes”.

O objetivo é proibir que integrantes do alto escalação do governo federal invistam em operações financeiras, influenciadas por informações privilegiadas.

“Apresentamos um Projeto de Lei (Lei Paulo Guedes) que tem o objetivo de vedar agentes públicos do Executivo Federal de alto escalão fazerem aplicações, em território nacional ou estrangeiro, em operações de que tenha conhecimento em razão do cargo ou da função pública”, postou o senador.

“Além disso, o PL amplia a transparência, obrigando que os agentes públicos apresentem, antes de assumirem o cargo, semestralmente e antes de deixarem o cargo, declaração de bens, de que constem a origem e as mutações patrimoniais”, acrescentou Randolfe.

A proposta surgiu após as denúncias dos Pandora Papers, que revelaram que o ministro da Economia de Bolsonaro e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mantêm offshores em paraísos fiscais. Ambos podem ter se beneficiado da política econômica brasileira.

Controle rígido

Com o PL, Randolfe pretende aumentar a rigidez desse controle, proibindo completamente a participação em empresas ou manutenção de investimentos, caso os agentes políticos possam se beneficiar diretamente de informações privilegiadas, em função do cargo.

https://twitter.com/randolfeap/status/1445436120746110980

Com informações do UOL