Para garantir vitória, Temer liberou dinheiro e 14 titulares foram trocados em comissão

Brasília- DF 13-07-2017 CCJ da câmara. Deputados rejeitam o relatorio contra o presidente Temer. Foto Lula Marques/Agência PT
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De um total de 66 deputados na Comissão de Constituição e Justiça, 14 titulares foram trocados desde meados de junho e garantiram a vitória de Temer por 40 a 25 ontem   Por Redação    Foto Lula Marques/AGPT   A vitória da tropa de choque do presidente Temer na Comissão de Constituição e Justiça, CCJ, da Câmara, só foi possível pela troca de titulares com direito a voto. Partidos substituíram 14 desses deputados por suplentes ou parlamentares que não faziam parte da comissão, mas eram fiéis a Temer. Desses, 12 votaram com o governo, número essencial para a vitória conquistada por eles por 40 a 25 votos. Se apenas oito deputados originais da comissão permanecessem e votassem contra o presidente, o placar teria sido 33 a 32 pela autorização para o Supremo processar Temer por corrupção. Mas essa vitória momentânea pode ser falsa. Segundo declaração da deputada Maria do Rosário (PT-RS) nas redes, "manobra de Temer garante falsa vitória", Segundo ela o "governo Temer, acusado de corrupção, trocou deputados na CCJ, liberou emendas a rodo, atendeu pedidos paroquiais e nomeou afilhados para ganhar votação. Mas denúncia vai para plenário igual. Pressão popular decidirá votos no plenário." Prova de que a situação não é confortável para o governo é que suas lideranças mudaram a estratégia no Congresso. Queriam votar o quanto antes e enterrar a denúncia até a próxima terça-feira, quando começa o recesso parlamentar. Agora, pretendem votar na Câmara após o recesso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que vem tendo posição ambígua porque faz parte da bancada de apoio, mas pode ser o principal beneficiado e assumir a presidência com o afastamento de Temer, marcou a votação para 2 de agosto, quando o Congresso volta das férias. Até lá o governo pode conseguir os votos de que precisa ou a situação pode se agravar ainda mais com novas denúncias.