Para Gilmar, Jungmann tem que se pronunciar sobre atuação da PF na UFSC

PF abriu investigação para apurar supostas declarações críticas à delegada que comandou a Operação Ouvidos Moucos na UFSC, que culminou com o suicídio do ex-reitor Luiz Cancellier

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A investigação da PF sobre um professor de jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) por supostas críticas a uma delegada que comandou operações da Lava Jato já gera reação no Supremo Tribunal Federal (STF) e no meio jurídico. “O ministro Raul Jungmann [da Segurança Pública] tem que se pronunciar”, diz o ministro Gilmar Mendes, do STF.  Para Gilmar, Jungmann deixaria um bom legado dele se instalasse o Estado de Direito na PF.” A PF abriu a investigação contra Aureo Mafra Moraes, chefe de gabinete da reitoria, depois de tomar conhecimento de um vídeo com entrevistas dele num evento da universidade. O professor não faz referência à PF. Mas cartazes afixados no recinto criticavam a Operação Ouvidos Moucos e “agentes públicos que praticaram abuso de poder contra a UFSC e levaram ao suicídio do reitor” Luiz Cancellier. Preso em 2017,  ele se suicidou. “Não bastasse a truculência da operação que levou à prisão e, posteriormente, por conta dela, à morte do reitor, agora querem sufocar a liberdade de crítica numa demonstração ímpar de autoritarismo”, diz o criminalista Alberto Toron. Com informações da Folha