Paraisópolis: Áudios da PM reforçam versão de ataque a tiros em baile funk

As trocas de mensagens ratificam a tese dos policiais, de que estavam perseguindo dois homens em uma moto

Protesto em Paraisópolis após massacre que deixou nove jovens mortos. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Escrito en BRASIL el
Áudios dos policiais envolvidos na desastrosa operação em Paraisópolis, que provocou a morte de nove jovens e 12 feridos, em 1º de dezembro, reafirmam a versão de que houve o chamado de perseguição.

De acordo com informações divulgadas por investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as trocas de mensagens ratificam a tese dos policiais, de que estavam perseguindo dois homens em uma moto.

Não é sócio Fórum? Quer ganhar 3 livros? Então clica aqui.

As gravações, obtidas com exclusividade pela TV Globo, mostram que o comando de operações da Polícia Militar (PM), o Copom, recebeu o alerta de perseguição pelo rádio às 3h41 de domingo, 1º de dezembro.

“Copom, Herbert Spencer. Jogou pra cima da equipe aí”. “Copom, dois indivíduos uma XT 660 preta. O garupa, armado, camisa branca, efetuou disparos contra as equipes”, diz a gravação.

Menos de cinco minutos após o início da perseguição, o policial faz outro alerta pelo rádio da PM.

“Passa maiores (informações) aí, a multidão está se evadindo da viatura aí. Pela Herbert Spencer, sentido Pasquale”.

Bombas e balas de borracha Várias testemunhas que estavam no baile funk disseram que os policiais usaram bombas e balas de borracha para dispersarem a multidão. Os policiais só voltaram a se comunicar pelo rádio para pedir o resgate, o que indica que o tumulto já tinha acontecido, com várias vítimas.

Após espera de 28 minutos pelo resgate, os policiais avisaram que iriam levar as vítimas para o hospital.