PF: Corrupção na Delegacia de Homicídios do RJ atrapalhou investigações sobre assassinato de Marielle

Segundo investigação da Polícia Federal, ao menos dois delegados teriam recebido propina da organização miliciana conhecida como "Escritório do Crime"

Marielle Franco (Foto: Reprodução/Instagram)
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Reportagem de Leandro Prazeres, Flávio Costa e Sérgio Ramalho no portal UOL nesta quinta-feira (04) revela que integrantes da Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pelas investigações do assassinado da vereadora e ativista Marielle Franco (PSOL), estariam na lista de pagamentos da organização miliciana chamada "Escritório do Crime" e da máfia do jogo do bicho. A Polícia Federal identificou que atos de corrupção foram praticados na tentativa de impedir o esclarecimento do caso. Duas fontes da PF ligadas à apuração sobre obstruções na investigação sobre a morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes confirmaram as informações. Ao menos dois delegados teriam recebido a propina. A Polícia Civil não se manifestou sobre o caso. A expectativa é de que, assim que todas as respostas sobre a execução da vereadora forem encontradas, outas relações indevidas entre policiais da Delegacia de Homicídios e organizações criminosas serão alvo de apuração. Em delação premiada, o miliciano e ex-policial militar conhecido como Orlando da Curirica falou sobre o pagamento de mesadas pelo Escritório do Crime para assassinatos praticados pelo grupo paramilitar não fossem esclarecidos. No caso da morte de Marielle e Anderson, as investigações apontam que o sargento PM reformado Ronnie Lessa foi responsável pelos disparos. O ex-PM Élcio Queiroz também foi preso. Leia a reportagem na íntegra.   Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.