PF informa que não há inquérito aberto contra Glenn Greenwald

Manifestação foi feita ao STF; nesta quinta-feira (23), a mesma PF deflagrou operação que prendeu quatro supostos hackers que teriam envolvimento em uma suposta invasão ao celular de Sérgio Moro

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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A Polícia Federal encaminhou, nesta terça-feira (23), manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que informa que não há nenhum inquérito aberto para apurar a vida e a conduta do editor do The Intercept Brasil, Glenn Greenwald. A manifestação da PF vem como resposta a uma ação ajuizada pela Rede Sustentabilidade, que questionava rumores sobre uma investigação sigilosa contra o jornalista por conta das matérias com diálogos entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato que vêm sendo divulgadas pelo The Intercept Brasil através da série Vaza Jato. "Foram consultadas as áreas técnicas deste órgão policial, a saber, a Corregedoria-Geral de Policia Federal, a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, a Diretoria de Inteligência Policial e a Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná, restando evidenciado que não há inquérito policial instaurado com o objetivo de apurar a conduta do jornalista Gleen Greenwald", diz a nota da PF. A informação de que não há inquérito aberto contra Greenwald vem no mesmo dia que a mesma PF deflagrou uma operação contra supostos hackers que prendeu quatro pessoas em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto. Em nota, a PF não confirmou que a operação estivesse ligada a uma suposta invasão ao celular de autoridades, se limitando a informar que o objetivo era desestruturar uma organização criminosa que cometia crimes cibernéticos. Fontes informaram à Fórum, no entanto, informaram que a ação tinha, sim, ligação com o caso. Prisão “forjada” de hacker já era prevista Há pouco mais de uma semana, no dia 15 de julho, o editor do site The Intercept Brasil, Glenn Greenwald, afirmou que fontes próximas informaram que a Polícia Federal estava planejando “forjar” a prisão de um hacker que confessaria que adulterou conversas, com o objetivo de criminalizar a série de reportagens Vaza Jato. “Apesar da abundância de provas da autenticidade do material, publicadas pelos diferentes veículos, diversas fontes disseram ao Intercept ao longo dos últimos dias que a Polícia Federal, durante o afastamento do ministro Sergio Moro, está considerando realizar essa semana uma operação que teria como alvo um suposto ‘hacker’, que supostamente seria a fonte do arquivo. Esse suposto hacker seria estimulado a “confessar” ter enviado o material ao Intercept e que esse material teria sido adulterado”, explicou o site em editoral.