PMs acusados de estupro de jovem de 19 anos em viatura deixam presídio em São Paulo

Segundo relatos da vítima, os PMs teriam oferecido uma carona até uma estação de ônibus de Praia Grande, no litoral paulista. Um dos agentes sentou no banco de trás da viatura, onde teria cometido o estupro

PM de São Paulo - Foto: Reprodução
Escrito en BRASIL el
Os policiais militares Danilo de Freitas Silva e Anderson Silva da Conceição deixaram nesta quinta-feira (9), o presídio Romão Gomes, em São Paulo, onde estavam presos preventivamente desde junho de 2019, quando um laudo pericial apontou indícios de violência sexual contra uma jovem de 19 anos, que teria sido estuprada dentro da viatura. A soltura dos dois PMs foi autorizada pela Justiça Militar, que permitiu ainda a reintegração deles à corporação. Os dois devem retomar os trabalhos em funções administrativas, fora das ruas, até o final do processo instaurado pela Corregedoria. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande segue investigando o caso por meio de inquérito policial, que está em segredo de Justiça. Carona Segundo relatos da vítima, Natália, de 19 anos, os PMs teriam oferecido uma carona até uma estação de ônibus de Praia Grande, no litoral paulista. Um dos agentes sentou no banco de trás da viatura junto com a vítima, onde teria cometido o estupro. Os policiais confirmaram a carona, mas negaram a violência.
No entanto, imagens de uma câmera de segurança mostraram que um dos soldados de fato embarcou no banco de trás do carro, contrariando a versão dada por eles de que teriam permanecido na parte da frente. Ainda, um laudo do IML também constatou vestígios da agressão.
“Eu vivia a vida de uma jovem normal. Saía com minhas amigas, ia para a academia. Fiquei doente, com anemia”, contou Natália para Universa na época da denúncia. “Amigos se afastaram por não acreditar em mim”, continuou.

Temas