Polícia diz que ex-funcionário da Backer pode ter sabotado cerveja Belorizontina

No mês passado, a empresa registrou um boletim de ocorrência contra o ex-funcionário por ameaça de morte

Cerveja Belorizontina, da Backer, onde foi encontrada substância tóxica (Reprodução)
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A Polícia Civil informou neste sábado (11) que trabalha com a possibilidade de que um ex-funcionário da Cervejaria Backer tenha sabotado a cerveja Belorizontina após desavenças com a empresa. A Backer é a principal suspeita de ter causado a síndrome nefroneural em ao menos dez pessoas, levando uma delas à morte. Em 19 de dezembro de 2019, a empresa registrou um boletim de ocorrência contra o ex-funcionário. No boletim, é relatado que o funcionário ficou muito nervoso e agressivo quando foi demitido, acusou um supervisor de ser o responsável pelo seu desligamento e o ameaçou de morte. A polícia mudou seu posicionamento ao longo do dia sobre o possível envolvimento do ex-funcionário. De manhã, autoridades haviam dito que o caso não fazia parte das investigações. No entanto, o Estado de Minas informou que o delegado responsável corrigiu a declaração e disse que não descarta uma possível sabotagem do ex-funcionário. A fábrica da Backer, no bairro Olhos D'Água, Região Oeste de Belo Horizonte, está interditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para investigações. Na quinta-feira (9), a Polícia Civil de Minas Gerais divulgou um laudo que aponta a presença da substância tóxica dietilenoglicol em duas garrafas de cerveja da Belorizontina, encontradas em casas dos pacientes internados.