Por discordância com Aras, grupo da Lava Jato na PGR pede demissão coletiva

Crise do grupo com o procurador-geral se intensificou depois que a auxiliar de Aras, Lindora Araújo, teria tentado obter informações sigilosas da operação

Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O grupo de trabalho da Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República pediu demissão coletiva no início da noite desta sexta-feira (26). O motivo são as discordâncias que os procuradores têm com o procurador-geral da República, Augusto Aras.

O estopim da crise com Aras se deu após uma visita da auxiliar do PGR, a subprocuradora-geral da República, Lindora de Araújo, à força-tarefa de Curitiba, esta semana. Na ocasião, segundo ofício enviado pela força-tarefa à Corregedoria do Ministério Público Federal, Lindora teria tentado obter dados sigilosos da operação sem apresentar justificativas para o ato.

"Aras atua como advogado, não como procurador", disse um dos integrantes do grupo que pediu demissão ao site O Antagonista.

Lindora, personagem central na crise, é tida entre os procuradores como alinhada ao bolsonarismo e seu objetivo, junto a Aras, seria "desmoralizar" a Lava Jato e acabar com as investigações.

O grupo que pediu demissão é responsável por conduzir os inquéritos envolvendo políticos com foro privilegiado e trabalha, entre outras coisas, com acordos de colaboração premiada.