Presidente da Câmara anuncia racionamento de energia "para evitar apagão"

Última vez que o país teve apagões e sofreu racionamentos de energia em âmbito nacional foi em 2001, durante o governo de FHC

Foto: Eduardo Matysiak
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O Brasil, nos próximos meses, pode viver dias parecidos com aqueles de 2001, durante o último ano do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando foi registrada uma série de apagões e cidades de todo o território nacional precisaram entrar em esquema de racionamento de energia elétrica.

Nesta terça-feira (22), após reunião com o ministro de Minas e Energia, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou que, diante da crise hídrica pela qual o país passa, o governo vai impor racionamento. "O ministro Bento esteve comigo fazendo uma análise do cenário, garantindo que não vamos ter nenhum tipo de apagão, mas vamos ter que ter um período educativo aí de algum racionamento para não ter nenhum tipo de crise maior", afirmou o parlamentar.

O racionamento de energia deve ser imposto através de Medida Provisória (MP) e, segundo Lira, o governo Bolsonaro já conversa com o Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de evitar que o tema seja judicializado. A MP deve dar poderes a um comitê de crise, que poderá interferir na gestão de hidrelétricas.

O Brasil passa pela pior seca dos últimos anos e, caso seja confirmado, o racionamento será imposto em meio às expectativas da aprovação da Eletrobras, que foi permitida após aprovação de Medida Provisória (MP) no Congresso e que, de acordo com especialistas, deve fazer a tarifa de energia subir para os consumidores.