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Com a viagem de Temer nesta semana, presidente da Câmara assumiu presidência. Neste ano, relatório da Polícia Federal acusou o deputado de defender interesses da construtora OAS e receber recursos irregulares para campanha
Por Redação Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Mesmo com a viagem de Temer, a cadeira de presidente da República será ocupada nesta semana por uma pessoa investigada. O presidente interino, Rodrigo Maia, foi denunciado no começo deste ano em relatório da Polícia Federal a partir de depoimento e mensagens no celular do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro.
Relatório enviado ao STF diz que Rodrigo Maia beneficiou a construtora OAS em troca de dinheiro para a campanha. Segundo a denúncia, o atual presidente da Câmara dos Deputados chegou a atuar como uma espécie de representante dos interesses da OAS na Câmara. A contrapartida, segundo a PF, veio na forma de doações para a campanha ao Senado de César Maia, pai do deputado, em 2014. O dinheiro foi pedido pelo deputado, inclusive por meio de mensagens. Em uma delas, enviada no dia 17 de setembro de 2014, o deputado pergunta a Léo Pinheiro: "A doação de 250 vai entrar?", conforme relato no site G1, da Globo. No dia seguinte, a construtora doa R$ 250 mil para César Maia.
Na conclusão do inquérito, a polícia diz que encontrou fortes elementos da prática de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o suficiente para se abrir um processo contra Rodrigo Maia.
Em declaração reproduzida pela Agência Brasil, Maia negou que a doação de campanha tivesse relação com sua atuação como deputado. “Não há nenhuma relação, nunca teve, do que eu fiz aqui com uma doação eleitoral, que foi feita à candidatura do senador Cesar Maia – inclusive no meu diálogo com o Leo, tratava-se de R$ 200 mil e eu disse, eu mostrei que era R$ 1 milhão”, disse Maia.
Com informações do G1 e da Agência Brasil*