Preso pelo crime de tortura, tenente da PM é solto, promovido e atua como capitão

PM de São Paulo - Foto: Reprodução
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Victor Maximino de Melo, que na época do crime era tenente, foi condenado a 12 anos de prisão por torturar um casal em 2004 mas passou a maior parte da pena em liberdade e atuando normalmente pela PM. Ele chegou a ser preso novamente em maio deste ano mas foi liberado no mês passado e, promovido, vem fazendo patrulha como capitão da corporação em São Paulo  Por Redação* Acusado, junto com outros nove policiais militares, de torturar um casal no ano de 2004, o ex-tenente Victor Maximino de Melo, da Polícia Militar de São Paulo, foi solto, promovido, e agora atua como capitão da corporação. Ele havia sido condenado em primeira instância em 2005 a 12 anos de prisão pelo crime de tortura. Uma das vítimas, a mulher do casal, reconheceu o agressor, que havia, inclusive, a ameaçado de estupro com um pedaço de madeira. O homem que havia sido agredido morreu na prisão. Ambos foram acusados pelos policias de tráfico de drogas e intimidados por um pedido de propina de R$6 mil. Como as vítimas conseguiram apenas R$1 mil, foram levados para um apartamento e torturados pelos policiais. Como na ocasião os agentes encontraram na casa do casal dois tijolos de maconha, eles foram presos em flagrante. O homem teve as sobrancelhas arrancadas pelos policias - o que, na prisão, é um código para identificar estupradores. A estratégia deu certo e o homem foi assassinado no presídio. Os outros nove policiais não voltaram a atuar. Victor Maximino, por sua vez, passou a maior parte de sua pena em liberdade e atuando normalmente. Ele foi preso em 2004 mas solto logo no ano seguinte através de um habeas corpus. O PM, então, voltou a atuar pela polícia normalmente até ser preso novamente em maio deste ano, mas foi solto em 1º de junho, depois de um recurso da defesa. Ao longo deste período, Victor foi promovido a capitão. A Secretaria de Segurança Pública informou, por meio de nota, que recomendou à Justiça militar que o policial perdesse a patente mas o pedido não foi acatado. *Com informações do jornal Folha de S. Paulo