Processo de Gloria Perez contra Record e assassino da filha vai à última instância

A 3ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) julga a ação movida pela escritora de telenovelas Gloria Perez contra a rede Record e Guilherme de Pádua, por veiculação de imagens íntimas

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A 3ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) julga a ação movida pela escritora de telenovelas Gloria Perez contra a rede Record e Guilherme de Pádua, por veiculação de imagens íntimas Da Redação* A autora de novelas, Gloria Perez, pede indenização por danos morais por uma reportagem veiculada na Record em 2012. A autora afirma que as imagens eram sensacionalistas. A emissora entrevistou Guilherme de Pádua, condenado por assassinar Daniella Perez, filha da escritora, em 1992. O Pedido foi negado na 1ª e 2º instâncias, sob argumento de que “o direito de acesso à informação da população deve prevalecer sobre o direito de imagem.” A 3ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) julga nesta terça-feira (24) a ação movida pela escritora de telenovelas Gloria Perez contra a rede Record e Guilherme de Pádua. A última sessão no STJ terminou com o placar empatado. A ministra Nancy Andrigh negou o recurso, e disse que o caso era de interesse público. Já o relator, ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, afirmou que “independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais”. O julgamento foi interrompido pelo pedido de vista do ministro Moura Riberio. Além dele, faltam votar os ministros Marco Aurélio Bellizze e Paulo de Tarso Sanseverino. A REPORTAGEM A entrevista de Guilherme de Pádua foi feita pelo jornalista Marcelo Rezende (1951-2017) para o “Domingo Espetacular”. O programa mostrou fotos da intimidade de mãe e filha cerca de 33 vezes. Segundo Guilherme, a vaidade e o ciúme de sua então esposa Paula Thomaz motivaram o crime. Ele disse estar “extremamente culpado” pelo caso. O assassinato ocorreu em dezembro de 1992. Pádua vivia o par romântica com Daniella Perez na novela “De Corpo e Alma”, escrita por Gloria. Em 1997, Pádua foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato. A pena foi reduzida a 6 anos. Em sua conta no Twitter a escritora se manifestou em 2012 sobre o caso. *Com informações do Poder 360 Foto: Sílvio Tanaka/Wikipedia