Professores de SP farão carreata contra o retorno das aulas presenciais

Professores argumentam que as escolas não têm estrutura para seguir o protocolo para retorno das aulas presenciais defendido pelo governo do Estado, o que deixará alunos e profissionais em risco

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Nesta quarta-feira (29), professores da rede pública estadual de São Paulo realizarão carreata contra a volta das aulas presenciais, prevista para 8 de setembro. Os trabalhadores da educação também reivindicarão pagamento de salário e auxílio emergencial aos professores eventuais. 

A manifestação é organizada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), e pretende reunir docentes de todo o estado a partir das 9h no Estádio do Morumbi, na capital paulista. Às 11h30, o grupo partirá rumo ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo. 

Segundo a professora deputada professora Bebel (PT), presidente da Apeoesp, o grupo pede que qualquer decisão tomada por parte do governo esteja baseada em evidências científicas e considere a queda nos indicadores de contaminação e de morte no estado de São Paulo. "Tudo alinhado ao estado das recomendações emanadas pelas autoridades sanitárias e da Organização Mundial da Saúde", afirma.

Ela destaca que as escolas não têm estrutura para seguir o protocolo para retorno das aulas presenciais defendido pelo governo do Estado. "Muitas vezes, não possuem ventilação adequada e têm salas improvisadas. Existem escolas inteiras precisando de reforma. Tem escola que não conta sequer com uma pia nos banheiros, e muito menos papel higiênico. Como falar em protocolo de segurança?", questiona Bebel. 

A deputada explica que o grupo também solicitará auxílio emergencial para as categorias de professores que estão sendo prejudicados pela pandemia. "Cobraremos do governo que cumpra o compromisso do secretário da Educação de enviar em regime de urgência à Assembleia Legislativa projeto para criar o auxílio emergencial, assim como o projeto para nova forma de contratação dos professores substitutos na rede estadual de ensino, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal decretou a inconstitucionalidade da forma atual de contratação (lei complementar 1093/2009)", diz.