Professores de SP morrem 130% mais de Covid em 2021, com aulas presenciais

Foram 297 mortes entre docentes de 18 a 60 anos na capital este ano, número muito maior do que o registrado em 2020, quando o ensino era remoto

Foto: Agência Brasil
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Um estudo realizado pelo Instituto Pólis mostrou que o número de mortes por Covid-19 entre professores na cidade de São Paulo em 2021, quando as aulas voltaram a ser parcialmente presenciais, foi 130% maior do que no ano de 2020, período em que o ensino remoto foi aplicado.

As bases de dados usadas para o cruzamento de informações foram os dados da Secretaria Municipal de Saúde e do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da capital, obtidos pelo Pólis por meio da Lei de Acesso à Informação.

Foram registradas 297 mortes por Covid-19 de docentes em todo o município, apenas até o mês de junho de 2021, o que corresponde a 39% do total de óbitos dos profissionais dessa categoria, considerando todas as causas de falecimento. Em todo o ano de 2020, longe das salas de aula, foram 129 professores que morreram pela Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pelo novo coronavírus.

O levantamento surge justamente no dia que o Estado de São Paulo e a grande maioria dos municípios paulistas retomaram em 100% as aulas presenciais nas redes pública e privada de ensino, medida que causou preocupação em infectologistas, visto que a variante delta do vírus, muito mais contagiante, está em franca expansão em vários continentes e apresentando crescimento substancial aqui no Brasil.