“Proteção?”: PM para em frente a quiosque onde congolês foi assassinado; vídeo

Internautas retuitaram vídeo questionando se a corporação estaria fazendo a segurança do local onde Moïse Mugenyi foi morto a pauladas após cobrar dois dias de salário

O Quiosque Tropicália e a PM estacionada em frente, em imagem feita no dia 01/02/22. Foto: Reprodução de Vídeo
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Uma viatura da PM foi filmada na manhã desta terça-feira (1º), estacionada em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, local onde o congolês Moïse Mugenyi, foi assassinado a pauladas após cobrar pagamento de dois dias de serviço no local.

As imagens, postadas pelo SBT Rio, vieram com a legenda: “carro da polícia militar está em frente ao quiosque Tropicália. O local segue fechado. Hoje um funcionário chegou a abrir uma das janelas do estabelecimento, mas depois foi embora.”

Internautas ligaram o fato com uma hipotética proteção de policiais ao local. “PM fazendo a segurança do quiosque. Sem a menor vergonha do papel canalha que cumprem na sociedade”, escreveu um. Outro retuitou o vídeo e afirmou: “Alguma dúvida sobre a quem pertence o quiosque do assassino racista?”

https://twitter.com/hospicio_brasil/status/1488510639140126724
https://twitter.com/victincrf/status/1488520150684946444
https://twitter.com/enf_intensiva/status/1488516690677833733
https://twitter.com/lazarorosa25/status/1488499078304604168

Quiosque Tropicália

Moïse foi espancado na última segunda-feira (24), até a morte com pedaços de pau por um grupo de cinco homens na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.

Renato Souza, repórter de polícia do R7, afirma que o rapaz teve os pés e mãos amarrados. Até agora, ninguém foi preso. Moise veio ao Brasil com a família em 2014, para fugir da fome e da guerra no Congo.

Imagens são analisadas

A Polícia Civil afirma que as imagens estão sendo analisadas para identificar os responsáveis pelo homicídio.

“As investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital. A perícia foi realizada no local e imagens de câmeras de segurança foram analisadas. Diligências estão em curso para identificar os autores”, diz a Polícia Civil.

Racismo estrutural

Na carta aberta, a comunidade congolesa cobrou justiça para Moise e punição para os responsáveis pelo quiosque. “Esse ato brutal, que não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade Brasileira, mas claramente demonstra a XENOFOBIA dentro das suas formas, contra os estrangeiros, nós da comunidade congolesa não vamos nos calar”, diz o texto.

O UOL informa que não conseguiu contato com o quiosque Tropicália. A página do estabelecimento no Facebook foi excluída, enquanto o perfil no Instagram foi fechado.