Queimadas em terras indígenas na Amazônia no Brasil de Bolsonaro registram maior nível desde 2011

Houve 5.242 pontos detectados pelos satélites em áreas demarcadas na região em 2019, contra 2.680 contabilizados no mesmo período de 2011 e 2.544 em 2018

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Segundo dados do Instituto Nacional e Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de queimadas registrados em terras indígenas (TIs), nos nove primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro, é o maior desde 2011. O índice representa o dobro do que foi verificado em 2018. Ao todo, houve 5.242 pontos detectados pelos satélites em áreas demarcadas na Amazônia neste ano, contra 2.680 contabilizados no mesmo período de 2011 e 2.544 em 2018. O Programa Queimadas do Inpe avalia a situação das Tis, levando em consideração os focos dentro e fora do seu território. A terra indígena dos Karipuna, que tem 153 mil hectares e se localiza em Rondônia, é a mais ameaçada. O problema central é o fogo encontrado na fronteira, consequência das fazendas que cercam o território. Os produtores desmatam e queimam para conseguir manter o pasto para o gado. Por ser um povo com poucos indivíduos, os karipunas, que vivem na área atacada por madeireiros e grileiros, estão sob ameaça de genocídio, conforme informações do Ministério Público Federal (MPF). Sete vezes mais focos O Parque do Xingu, por sua vez, compreende 16 povos em um território de 2,642 milhões de hectares, também dentro da Amazônia. Registra o maior número de focos em sua própria área. Os povos do Xingu registraram sete vezes mais focos de queimadas no interior de sua terra no período. Com informações do G1