Rafael Braga tem tuberculose e unidade prisional se nega a dar informações sobre sua saúde

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Advogados alegam que unidade prisional se nega a fornecer documentação sobre situação de sua saúde, necessária para que possam pedir prisão domiciliar. Deputado Wadih Damous diz que Estado será responsabilizado em caso de morte de Rafael Por RBA Internado desde o último dia 17, em um hospital do Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro, a defesa de Rafael Braga recebeu apenas nesta terça-feira (22) a confirmação do diagnóstico por tuberculose, e agora enfrenta mais uma vez uma série de entraves para ter acesso à documentação necessária para requerer a sua prisão domiciliar, mais adequada para o tratamento. De acordo com Lucas Sada, advogado do jovem, "a unidade prisional se negou a fornecer prontuário, laudo ou qualquer coisa do tipo, razão pela qual estamos na fase de tentar conseguir administrativamente ou, se for o caso, judicialmente essa documentação para aí sim poder entrar com o pedido de prisão domiciliar". Rafael Braga se tornou símbolo da seletividade e do racismo estrutural do sistema de Justiça. Ele foi preso no Rio de Janeiro, em 2013, por portar dois frascos plásticos com produtos de limpeza durante uma das manifestações de junho. A acusação alega que ele portava materiais inflamáveis com intenção de produzir explosivos. Condenado a quase cinco anos, ele foi preso novamente, acusado por tráfico de drogas, que, segundo a defesa, foram plantadas por policiais. O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) manifestou solidariedade a Rafael e denunciou mais essa arbitrariedade do sistema de Justiça. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele conta que visitou Rafael há cerca de um mês, e já pode constatar a fragilidade da sua condição de saúde. "Há cerca de um mês, havia reparado que o Rafael estava mirrando, não estava bem. Essa é uma das maiores iniquidades e injustiças que praticam contra um cidadão brasileiro. Rafael é um rapaz preto e favelado, por isso, está pagando por um crime que não cometeu. A acusação não se sustenta", diz o deputado. Ele afirma que, se Rafael não resistir à doença, o sistema brasileiro de Justiça deverá ser responsabilizado por mais esse "crime". "Do meu ponto de vista, terá sido um assassinato", ressaltou Damous.