Reforma Trabalhista faz processos contra bancos despencarem 62%

O setor financeiro, líder em reclamações trabalhistas, também teve uma queda de 45% no período. O total de ações ajuizadas caiu de 334,1 mil para 183,9 mil

Já são 19 dias de paralisação (Foto: Agência Brasil)
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A Reforma Trabalhista imposta pelo governo Michel Temer fez os processos trabalhistas contra os bancos despencarem em 62%. Entre janeiro e julho deste ano foram ajuizadas 15,6 mil ações, contra 40,8 mil no mesmo período do exercício anterior, segundo levantamento do jornal Folha de São Paulo, O segmento onde essa queda foi mais acentuada foi justamente o ramo financeiro. O setor, líder em reclamações trabalhistas, também teve uma queda de 45% no período. O total de ações ajuizadas caiu de 334,1 mil para 183,9 mil. Para as instituições bancárias, o alto volume de ações trabalhistas é apontado como um limitante para a queda na taxa de juros: a despesa das ações trabalhistas entra na conta dos spreads bancários. Segundo o Banco Central, 16% do Indicador do Custo de Crédito (ICC) vem das ações trabalhistas. Apesar da queda em 2018, esta redução não se refletiu nas taxas cobrados pelas instituições financeiras. Para especialistas em direito trabalhista, a redução das ações está ligada ao cerceamento da justiça gratuita - as novas regras trabalhistas determinam que os trabalhadores devem pagar os custos processuais e advocatícios caso percam a ação. Ajude a financiar a cobertura da Fórum nas eleições 2018. Clique aqui e saiba mais.