Relembre: Megaoperação do Complexo do Alemão faz 9 anos hoje e segurança no Rio só piorou

No dia 28 de novembro de 2010, cerca de 2.600 agentes participavam de uma das maiores operações policiais na comunidade. "Nós vencemos. Trouxemos paz para a comunidade do Alemão", afirmou na época o camandante-geral da PM

Agência Brasil
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No dia 28 de novembro de 2010, há exatos 9 anos, cerca de 2.600 agentes participavam de uma das maiores operações policiais na cidade do Rio de Janeiro. O Complexo do Alemão, bairro que abriga um dos maiores conjuntos de favelas no Rio, foi invadido às 8h por policiais e, por volta das 10h, as autoridades já haviam chegado ao topo do morro. "Nós vencemos. Trouxemos paz para a comunidade do Alemão", afirmou na época o camandante-geral da PM, responsável pela operação. O chefe da Polícia Civil na época, Allan Turnowski, também proferiu discurso semelhante de vitória: "É para ter calma que a Polícia Civil tem muita experiência nesse tipo de ação. A gente consegue diferenciar o bandido do morador", assegurou. A busca dos agentes, de acordo com eles, era por "centenas de traficantes" que estariam escondidos no morro. Intensos tiroteios ocorreram na região antes do início da invasão, enquanto os homens ficavam posicionados aguardando a chegada de helicópteros. O Brasil inteiro acompanhava as imagens, pela televisão, dos policiais invadindo a comunidade para evitar a "fuga" os criminosos. "Pacificar" A meta, afirmam, era de pacificar o Complexo do Alemão. No entanto, 9 anos depois da megaoperação midiática, a polícia ainda persiste nos ataques à comunidade. O mais emblemático dos últimos meses tirou a vida da menina Ágatha Félix, de 8 anos. A criança estava dentro de uma Kombi quando foi baleada nas costas por um policial na favela da Fazendinha, que faz parte do Complexo do Alemão. Casos como o da morte de Ágatha são frequentes nas comunidades do Rio de Janeiro. Em 2019, a cidade registrou o maior número de mortos por policiais desde o início da série histórica, em 1998. Foram 1.546 até outubro.