Riachuelo sofre boicote após receber apoio do MBL e por apoiar retirada de direitos

Consumidores lembraram casos de exploração dos trabalhadores de confecções contratadas pelo empresário Flávio Rocha, dono da rede de lojas

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Por RBA Cresce nas redes sociais críticas à loja de departamento Riachuelo por conta do histórico do proprietário Flávio Rocha em defesa de pautas conservadoras. Na última segunda-feira (19), ele recebeu apoio do grupo de extrema-direita Movimento Brasil Livre (MBL) a uma possível candidatura presidencial, o que fez aumentar a insatisfação dos consumidores. Um dos entusiastas do golpe do impeachment contra a presidenta Dilma, o empresário, se define como um liberal na economia e conservador nos costumes. Os usuários destacaram que o MBL foi um dos que espalharam acusações falsas contra a vereadora Marielle Franco, executada no Rio de Janeiro na última quarta-feira (14). Os consumidores também lembraram das denúncias trabalhistas envolvendo empresas subcontratadas pela Guararapes, controladora da Riachuelo. Em setembro de 2017, a empresa foi condenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) a pagar R$ 37 milhões em indenização por oferecer menores salários a funcionários de confecções contratadas no interior do Rio Grande do Norte, em comparação com as remunerações recebidas pelos trabalhadores da Guararapes em Natal, estimulando a exploração e o trabalho escravo. Em fevereiro, a Riachuelo também foi alvo de boicote por parte da comunidade LGBT, após o empresário Flávio Rocha manifestar apoio a grupos evangélicos que são contra o casamento entre homossexuais e à educação sexual nas escolas, que os setores conservadores identificam como ideologia de gênero. Não é a primeira vez que Rocha tenta se lançar como candidato. Em 1994, sua campanha à presidência foi interrompida após acusações de financiamento indevido.

Confira algumas críticas postadas na própria página da Riachuelo

 

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