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Para aprovar texto que veio da Câmara, sem alterações, presidente Temer teria assumido compromisso de enviar medida provisória alterando pontos como o trabalho de lactantes em locais insalubres. Hoje, Rodrigo Maia avisou que não tem nada disso
Por Redação
Durante todo o debate que ocorreu no Senado ontem sobre a reforma trabalhista, ficou explícito o acordo do governo Temer com sua base aliada de mandar medida provisória alterando pontos controversos até mesmo para os senadores que o apoiavam, como a possibilidade de trabalho de grávidas e lactantes em locais insalubres. O acordo foi não fazer nenhuma alteração no projeto, para que não precisasse voltar para a Câmara dos Deputados. As correções ocorreriam depois por MP.
Mas assim que a reforma foi aprovada do jeito que o governo queria, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mandou o recado em seu twitter: "A Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer MP não será reconhecida pela Casa". O presidente do Senado, Eunício Oliveira, também voltou atrás. "Não tratei de MP e nenhum compromisso sobre mudanças no texto", disse.
Senadores como Marta Suplicy e Cristovam Buarque (leia lista completa da votação), que aprovaram a reforma, acabaram assinando medida contra os direitos das mulheres e os trabalhadores em geral, até mesmo o absurdo de amamentação ocorrer em local insalubre.