A saudação nazista feita pelo ex-BBB e comentarista da Jovem Pan Adrilles Jorge na noite desta terça-feira (8) repercutiu nas redes sociais. Além do nome dele, o termo "Jovem Klan" também ficou entre os mais comentados do Twitter.
A desculpa do comentarista, de que o seu tchau foi interpretado de forma errada, não colou entre os internautas. "Adrilles Jorge sabe o que fez. Sabe a saudação que fez. Sabe o que ela significa. Fez de propósito num debate sobre nazismo. Em seguida, ri, sozinho, ante a incredulidade de seus companheiros de programa. Ele sabe o que fez. Todos sabemos. E a Jovem Pan, o que fará?", questionou o jornalista William de Luca.
"Adrilles levantou a mão ao final da sua fala e recebeu um "surreal" do seu colega de bancada. Vocês sabem me dizer o por que?", afirmou o perfil Sleeping Giants. Ao final do comentário de Adrilles, o apresentador William Travassos disse baixinho: "chocado com isso".
Muitas pessoas sugeriram que o ex-BBB seja demitido da Jovem Pan e alguns pediram que a Procuradoria-Geral da República (PGR), que abriu investigação contra Kim Kataguiri e Monark, inclua o ex-BBB no inquérito. "Esse Adrilles é repugnante. Alô PGR, tem mais gente que precisa ser investigada e punida por apologia ao nazismo!".
William de Lucca lembrou, ainda, de outros gestos supostamente nazistas feitos por integrantes do governo que posteriormente também foram "mal interpretados", como quando o assessor de Jair Bolsonaro (PL) Filipe Martins alegou que estaria só arrumando a lapela.
"Amanhã Adrilles diz que não fez gesto nazista, foi só um tchau Felipe Martins não fez símbolo supremacista, só ajeitou a lapela Bolsonaro não bebeu leite porque é o símbolo do supremacismo Roberto Alvim fez um vídeo cheio de referências nazistas por acaso. Tudo coincidência!", escreveu o jornalista.
Monark é demitido após defender formação de partido nazista
Adrilles Jorge fez a saudação ao comentar na Jovem Pan a declaração de Bruno Aiub, o Monark, que defendeu a formação de um “partido nazista reconhecido pela lei” durante entrevista com Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) no Flow Podcast.
Na tarde desta terça-feira (8), o Estúdios Flow divulgou uma nota oficial anunciando o desligamento do apresentador. A produtora afirma que tem “compromisso com os direitos humanos e a democracia” e que, por isso, decidiu demitir Monark, bem como retirar do ar o episódio em questão.
Antes do comunicado, ele gravou um vídeo para pedir “compreensão”, justificando que estava “bêbado” no momento da fala.
O coletivo Judeus e Judias pela Democracia de São Paulo entrou com representação criminal contra Monark para que ele seja investigado pelos crimes de apologia ao nazismo, incitação à violência, injúria racial e intolerância religiosa. As ações serão encaminhadas ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Ministério Público Federal (MPF) e Procuradoria-Geral do estado de São Paulo.