Seguranças que agrediram adolescente negro foram afastados, diz Metrô

No úlitmo domingo (8), funcionários agrediram violentamente um adolescente de 15 anos após suspeita de furto dentro da estação

Foto: Reprodução
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O Metrô de São Paulo informou nesta terça-feira (10) à Fórum que os seguranças envolvidos na agressão de um jovem negro dentro de estação já foram afastados e que o ocorrido está sendo apurado. Caso aconteceu no último domingo (8), quando o adolescente de 15 anos foi levado para uma salinha na estação Tamanduateí, da Linha 2 - Verde, e forçado a confessar que teria realizado furtos, crime que ele não cometeu. Em vídeo, três seguranças aparecem segurando o rapaz, dando um mata-leão e jogando-o no chão. Um multidão se aglomerou em volta pedindo que cessassem as agressões contra o jovem. Segundo testemunhas, quanto mais pedidos, mais agressivos ficavam os seguranças. “Cheguei quando eles já estavam torcendo o braço dele. Começou a aglomerar bastante gente, comecei a gritar para soltar, que não precisava daquela força, o pessoal em volta gritou também”, conta a pesquisadora Fernanda Harumi ao Ponte Jornalismo. “Eles  só foram intensificando a agressão. Quanto mais falávamos, mais faziam”, completou. De acordo com in formações da Ponte, a agressão na plataforma durou cerca de quatro minutos. Depois disso, o rapaz foi levado para uma sala, onde seguiram as agressões. “O menino relatou que depois desse momento do vídeo ele foi levado para uma salinha na estação Tamanduateí, revistado e agredido pelos seguranças com tapas na cabeça. "Eles queriam obrigá-lo a falar que ele estava com drogas e furtando, sem ele estar cometendo nenhum ilícito. Uma PM estava na sala e teria se omitido diante das agressões”, afirmou o advogado Ariel de Castro Alves, integrante do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe) que acompanha o caso.