Sem auxílio emergencial, cidade na Baixada Fluminense tem fila por comida todos os dias

Moradores do bairro Chatuba, em Mesquita, dependem de doações de instituto para lidar com o desemprego

Reprodução/TV Globo
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Desamparados com o fim do auxílio emergencial, moradores do bairro da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense, formam fila todos os dias na porta de uma instituição em busca de comida.

Segundo informações da TV Globo, o Instituto Mundo Novo é uma das únicas instituições que tem prestado apoio à população local durante a pandemia.

"Sobrevivo com a ONG, que todo mês ajuda com uma cesta básica e uma prima minha que de vez em quando ajuda como pode. Mas tem dia que não tem as coisas dentro de casa, tá complicado. Emprego no momento não está tendo. A gente procura, manda currículo, mas ninguém chama", disse Amanda do Nascimento, em entrevista à emissora.

Em 2020, o país bateu recorde no número de desempregados, segundo o IBGE – cenário que deve permanecer em 2021. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), apontam que o desemprego fechou o terceiro trimestre do ano com 14,1 milhões de pessoas sem trabalho formal (14,6% da População Economicamente Ativa).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na terça-feira (26) que existe a possibilidade da pasta retomar o auxílio emergencial se o número de mortes por Covid-19 continuar em alta no país.

Guedes explicou, no entanto, que a volta do auxílio emergencial vai demandar sacrifícios na economia, como o congelamento de verbas para saúde e educação e de salários de servidores públicos.