Sérgio Reis, que ameaçou invadir o STF, é internado em SP

O apresentador Geraldo Luís visitou o cantor no Hospital Albert Einstein, mas motivo da internação não foi informado

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O cantor e ex-deputado Sérgio Reis, que entrou em evidência após ter áudio vazado conspirando contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçando invadir a Corte, está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP).

A notícia veio à tona através de uma publicação nas redes sociais feita pelo apresentador Geraldo Luís.

"Vim visitar no hospital meu amigo querido @serjaooficial . Ele está melhor e ao lado de sua amada Ângela. Precisou ser internado ontem, em breve em casa se Deus quiser", escreveu o apresentador na tarde desta quarta-feira (25) junto a uma foto em que aparece com o artista.

O Hospital Albert Einstein não confirmou oficialmente a internação de Sérgio Reis e a equipe do cantor não se pronunciou sobre o caso.

"Meio gagá"

Em entrevista a Roberto Cabrini no último domingo (22), Sérgio Reis pediu desculpas publicamente pela tentativa de conspiração contra o STF, que foi vazada no áudio em que diz ter apoio de ruralistas para “tirar os caras na marra“, em relação aos ministros da corte.

“Foi desequilíbrio meu. Com certeza. Já me chamaram de velho gagá, de tudo que você pensa. Talvez. Com 81 anos e a gente fica meio gagá”, disse o cantor, antes de pedir desculpas públicas.

“Tenho consciência [que errei], mas não tem problema. Não matei, bati e nem ofendi ninguém. Não mereço ser preso”, disse Sérgio Reis, que citou nominalmente os ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

“Se os ofendi, que me perdoem como ser humano e também com respeito ao cargo de vocês. Respeitem o povo também, só peço isso”, emendou.

Em um dos trechos da entrevista, Sérgio Reis aparece de pijama, na cama, ao lado da esposa, Ângela Márcia Firmo Bavini, e de um dos cachorros da família.

O pedido de desculpa de Reis veio após o cantor ser alvo de operação de busca e apreensão em seus endereços deflagrada pela Polícia Federal e autorizada por Alexandre de Moraes.

Em nota, a PF informou que “o objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Ameaças

Em áudio (ouça aqui) divulgado nas redes sociais, Sérgio Reis afirma que almoçou com Jair Bolsonaro e teve reunião com o presidente e “todos os ministérios, ministro da Defesa, generais do Exército, Marinha e Aeronáutica”.

Ele ainda diz que irá pessoalmente ao Senado, no dia 8 de setembro, acompanhado de empresários da soja e lideranças dos caminhoneiros para entregar a Rodrigo Pacheco “uma intimação” em que estaria descrito que “vocês tem 72 horas pra aprovar o voto impresso e para tirar todos os ministros do STF”.

“Não é um pedido, é uma ordem. Assim que vou falar com o presidente do Senado”, diz.

“Enquanto o Senado não tomar essa posição que nós mandamos fazer, vamos ficar em Brasília e não saímos de lá até isso acontecer. E, se em 30 dias não tirarem aqueles caras, nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra”, afirma.

A divulgação do áudio provocou reação até mesmo entre lideranças de caminhoneiros, que se apressaram em dizer que o cantor não os representa.

Em entrevista a blogueiro bolsonarista, Sergio Reis chorou, se mostrou arrependido e disse que achou Bolsonaro “muito abatido, muito doente”Deprimido, ele cancelou a ida aos atos do dia 7 de Setembro.

A declaração fez ainda com que o cantor sertanejo virasse alvo de ação movida por 29 subprocuradores por subversão e incitação ao crime. A operação é baseada neste inquérito, que foi aberto no dia 18.