VIOLÊNCIA

Diretora da escola investigada por amarrar bebês no banheiro está foragida

A instituição é investigada por suspeita de maus-tratos e colocar a vida de crianças em risco mediante vexame, constrangimento e tortura

Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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A diretora da escola de educação infantil Colmeia Mágica, Roberta Regina Rossi Serme, passou a ser considerada foragida pela Justiça. A instituição é investigada, a partir da divulgação de vídeos onde crianças aparecem amarradas no banheiro, por suspeita de maus-tratos e periclitação de vida (colocar a vida de crianças em risco diante vexame, constrangimento e tortura). 

A polícia foi em três endereços ligados à diretora e não a encontrou em nenhum deles. A partir daí, Roberta Serme foi dada como foragida. 

Roberta Serme, além de diretora, é uma das sócias proprietárias da Escola Educação Infantil Colmeia Mágica, instituição particular de educação infantil que fica na Zona Leste da cidade de São Paulo. 

Escola sob investigação 

A Polícia Civil está investigando a escola por suspeita de maus-tratos de alunos. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram crianças chorando amarradas e imobilizadas, com os braços presos por panos.

As imagens apresentam as crianças dentro de um banheiro, sentadas em cadeirinhas de bebês, colocadas no chão, embaixo de uma pia e próximas à privada.

De acordo com reportagem de Deslange Paiva e Kleber Tomaz, no G1, o vídeo foi gravado na Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, no bairro de Vila Formosa. O estabelecimento é alvo de um inquérito policial aberto na Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Delegacia Seccional. 

A delegacia apura a ocorrência de “crime de maus-tratos e suspeita de periclitação da vida e da saúde”, que significa colocar a vida das crianças em perigo, além de submissão de crianças a vexame ou constrangimento.

A escola em questão atende crianças de 1 a 6 anos de idade. O estabelecimento já tinha sido investigado, há dois anos, pela polícia por suspeita de maus-tratos contra um aluno. E, em 2010, uma aluna chegou morta ao hospital após ter passado mal dentro da unidade escolar.

Com isso, a investigação solicitou mandado de busca e apreensão no local por haver indícios de que os crimes seriam recorrentes.

Os portões e muros da escola tinham sido pichados com mensagens como “crime”, “neonazistas”, “desumano”, “Justiça”, “demônio”.

Uma mãe identificou o filho de quase 2 anos nos vídeos que circulam na internet. Ela já prestou depoimento à polícia.

“Identifiquei meu filho em dois vídeos. No primeiro, ele estava em um banheiro com mais quatro crianças amarradas, e no segundo, estava chorando com mais três bebês em uma sala no escuro”, declarou, em entrevista ao G1.

Ela afirmou, ainda, que o filho “vem apresentando um nervosismo intenso, dificuldade para dormir, ele chora quando vamos colocar ele na cadeirinha do carro, sabe. Nós achávamos que era de desenvolvimento dele, mas hoje com todas essas informações sabemos que é devido à forma que ele era tratado. Ele estudava lá desde os 11 meses”.