RIO DE JANEIRO

Bombeiros encontram corpo que pode ser de policial assassinado por militares da Marinha

Perito da Polícia Civil, Renato Couto de Mendonça foi vítima de uma emboscada armada pelos militares após discussão com pai de um deles em um ferro-velho no Rio de Janeiro

Lourival, o filho Bruno e Renato Mendonça, perito da polícia assassinado.Créditos: Reprodução
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Equipes dos bombeiros encontraram um corpo no Rio Guandu, na Baixada Fluminense, que pode ser do perito da Polícia Civil Renato Couto de Mendonça, que foi morto por três militares da Marinha após uma discussão em um ferro-velho na Zona Norte do Rio.

O corpo do papiloscopista teria sido jogado no Rio após ser alvo de uma emboscada envolvendo o sargento da Marinha, Bruno Santos de Lima, sargento da Marinha, e dois colegas de farda: o cabo Daris Fidelis Motta e o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares.

Bruno é filho de Lourival Ferreira de Lima, dono do ferro-velho localizado na Mangueira. Foi ele quem teve a briga com Mendonça no local na última sexta-feira (13).

O papiloscopista fazia uma obra na Praça da Bandeira e, segundo as investigações, foi vítima de uma sequência de furtos, todos registrados em delegacia.

Na sexta de manhã, Renato acabou achando materiais dele no ferro-velho de Lourival e chegou a obter um acordo de ressarcimento pela receptação das peças levadas.

De volta ao local, à tarde, Mendonça foi alvo da emboscada armada pelos militares da Marinha.

Os quatro tentaram colocar Renato à força numa van da Marinha. O perito resistiu e entrou em luta corporal, mas acabou baleado por Bruno.

Ele então teria sido jogado e uma ponte do Arco Metropolitano sobre o Rio Guandu. Os militares disseram que não têm certeza se o policiais já estava mortou ou não quando foi arremessado no rio.

A Marinha afirmou no sábado (14) que os três "militares envolvidos foram presos em flagrante pela polícia e responderão pelos seus atos perante a Justiça”.

“A MB reforça, ainda, que não tolera tal comportamento, que está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação e informa que abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência”, diz a força em nota.