Seis meses após o acidente aéreo que vitimou a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas em Caratinga, na Região do Rio Doce, as investigações estão paralisadas por causa de um impasse sobre quem deveria estar à frente do processo.
O caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça no início do mês, após um impasse envolvendo a Polícia Civil, a Justiça Estadual e a Justiça Federal. Ambas as esferas alegaram não ter competência para decidir sobre a prorrogação do inquérito, que é conduzido pela Polícia Civil.
O fim do impasse foi decidido pelo ministro relator do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antonio Saldanha Palheiro. Com a decisão, a Polícia Civil voltará a ser responsável pelas investigações.
O magistrado ponderou que "a competência sobre a investigação e esfera da Justiça poderá mudar, conforme novos elementos sejam revelados no decorrer do inquérito".
“Não se deve perder de vista que, no inquérito policial, a competência é estabelecida considerando os indícios colhidos até a instauração do incidente, sendo possível que, no curso da investigação, surjam novos elementos que indiquem a necessidade de modificação da competência”, sugeriu.
O que se sabe até agora
Questionada sobre o avanço nas investigações, a Polícia Civil limitou-se a dizer que as informações são as mesmas divulgadas na entrevista coletiva do dia 25 de novembro.
Nessa entrevista coletiva, o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos disse que todos os passageiros da aeronave foram vítimas de politraumatismo contuso, em consequência do choque da aeronave com o solo.
No mesmo dia 25, o delegado Ivan Lopes afirmou ter ouvido um outro piloto que pousou 20 minutos depois do acidente aéreo. O piloto que vinha de Viçosa e pousou em Caratinga, contou que não ouviu no rádio qualquer problema vindo da aeronave em que Marília Mendonça estava.
A colisão contra duas torres de distribuição da Companhia Energética Cemig, também está entre as linhas de investigação.
A outra hipótese é de problemas nos motores da aeronave. Neste caso a apuração ocorre no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Com informações de O Tempo