PARALISAÇÃO

Motoristas e cobradores decretam greve de ônibus em SP e terminal é fechado

Greve começou na madrugada e apenas 46 das 150 linhas circulam na capital paulista. Veja a relação das empresas que estão paralisadas.

Ônibus urbano em SP.Créditos: SindMotoristas
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Sem acordo para as negociações de reajuste salarial que começaram em março, motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo iniciaram uma greve na madrugada desta terça-feira (14) que paralisou ao menos 15 empresas e fechou o terminal Grajaú, na zona sul da capital, às 5h.

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo (SindMotoristas), foram diversas reuniões visando o convencimento do setor patronal para reajuste salarial de 12,47%, referente ao índice do INPC/IBGE, entre outras reivindicações da categoria como 100% das horas extras, fim da hora de almoço não remunerada e PLR por exemplo, não tiveram avanços, sobretudo no reconhecimento da data-base. 

A última tentativa de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) não resultou em acordo e a categoria resolveu paralisar as linhas na capital, atingindo também a região metropolitana.

"A princípio o setor patronal insistiu em oferecer apenas 10% de reajuste e ainda de modo parcelado. Agora, ofereceram os 12,47%, mas apenas a partir de outubro, o que é inadmissível”, declarou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, o Sorriso. “Sem o merecido reconhecimento, motoristas, cobradores e profissionais da manutenção cruzarão os braços nesta terça”, emendou.

A partir das 4h, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, lamenta a paralisação de linhas de ônibus municipais e "espera que trabalhadores e empresários cheguem em breve a um acordo para que a população de São Paulo não seja ainda mais penalizada".

A SPTrans obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho, no dia 31 de maio, que determinou a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Na madrugada, apenas 46 das 150 linhas estavam operando. 

Veja a relação de empresas com a operação paralisada em suas garagens:

- Santa Brígida (Zona Norte);
- Gato Preto (Zona Norte);
- Sambaíba (Zona Norte);
- Express (Zona Leste);
- Viação Metrópole (Zona Leste);
- Ambiental (Zona Leste);
- Via Sudeste (Zona Sudeste);
- Campo Belo (Zona Sul);
- Viação Grajaú (Zona Sul);
- Gatusa (Zona Sul);
- KBPX (Zona Sul);
- MobiBrasil (Zona Sul);
- Viação Metrópole (Zona Sul);
- Transppass (Zona Oeste); e
- Gato Preto (Zona Oeste).

Relação das empresas operando normalmente

- Norte Buss (Zona Norte)
- Spencer (Zona Norte)
- Transunião (Zona Leste)
- UPBUS (Zona Leste)
- Pêssego (Zona Leste)
- Allibus (Zona Leste)
- Transunião (Zona Sudeste)
- MoveBuss (Zona Leste)
- A2 Transportes (Zona Sul)
- Transwolff (Zona Sul)
- Transcap (Zona Oeste)
- Alfa Rodobus (Zona Oeste)