O corpo do ambientalista Adolfo Souza Duarte foi encontrado na manhã do último sábado (6) na represa Billings por pescadores. Ferrugem, como é conhecido na região, estava desaparecido desde a noite da última segunda-feira (1) quando, segundo relatos de testemunhas caiu de um barco na represa, localizada na zona sul de São Paulo, e não foi mais visto.
De acordo com o boletim de ocorrência do caso, um grupo de quatro pessoas que frequentava um bar às margens da Billings contratou um passeio de barco dirigido por Duarte por volta das 19h30. Ao final do passeio, o barco teria dado um tranco, jogando o ambientalista e uma passageira na água. A mulher foi resgatada pelos demais passageiros que não teriam encontrado o condutor.
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Para Allan Marques, irmão de Ferrugem que acompanhou as buscas ao longo da semana, a única explicação parece ser a de um assassinato, pois o irmão saberia nadar por ser marinheiro de formação, além de garantir que não é comum que o barco dê trancos. Já a esposa do ambientalista, a cabeleireira Uiara Duarte, de 39 anos, afirmou para a imprensa que desconhece a possibilidade de que alguém tenha ameaçado o marido. O grupo de passageiros, por sua vez, afirmou em depoimento para a polícia que não conhecia Adolfo e não teria quaisquer razões para cometer violências contra ele.
A polícia investiga o caso como um homicídio culposo, ou seja, quando não existe a intenção de matar, e só comentará o caso depois que tiver os laudos periciais do barco, dos celulares dos jovens que contrataram o passeio e do Instituto Médico Legal (IML).
Adolfo Souza Duarte nasceu e cresceu na região, onde é conhecido como “Ferrugem”. Ele era marinheiro, educador ambiental e presidente da ONG Meninos da Billings que tem como objetivo a defesa e preservação ambiental da represa e do seu entorno. Entre as atividades da ONG estão previstos os passeios de barco pela região.